O par GBP/USD deu continuidade ao movimento de alta na terça-feira, tendência iniciada no começo de novembro e reforçada na semana passada após a reunião do FOMC. O gráfico segue indicando domínio dos compradores, que vêm correspondendo às expectativas. Ao todo, foram gerados três sinais de compra, todos passíveis de negociação de acordo com as recomendações apresentadas. Neste momento, resta aguardar e acompanhar o desenvolvimento do movimento.
Por outro lado, o par não apresenta padrões baixistas relevantes nem zonas de resistência fortes que indiquem uma possível reversão do gráfico em favor do dólar americano. Ainda assim, o fluxo de notícias pode facilmente provocar correções ao longo desta semana, possivelmente mais de uma vez, já que há uma agenda carregada de divulgações e eventos. Diante disso, os traders devem permanecer atentos e não ignorar a publicação de dados importantes.
Neste momento, a situação no gráfico se apresenta da seguinte forma. A tendência de alta da libra pode ser considerada concluída, mas a tendência de alta do euro definitivamente não. Assim, a moeda europeia pode puxar a libra para cima, embora o próprio esterlina também esteja subindo bastante. Os compradores se afastaram dos desequilíbrios de alta 1, 10 e 11. Um grande número de sinais de compra foi formado. Não há padrões de baixa acima, e nada está atualmente capaz de interromper o crescimento. A única coisa que deve ser feita é monitorar possíveis varreduras de liquidez em níveis de swing óbvios.
Na terça-feira, o noticiário estava extenso, e neste ponto apenas metade dos relatórios programados foi divulgada. Enquanto isso, a libra já ganhou cerca de 70 pontos. No Reino Unido, os dados sobre atividade empresarial, desemprego, salários e pedidos de benefícios de desemprego foram divulgados hoje. Se ignorarmos o aumento da taxa de desemprego para 5,1% (que a maioria dos traders esperava), todos os outros relatórios mostraram leituras bastante positivas. A atividade empresarial cresceu mais do que o previsto. Os salários aumentaram 4,7% em vez dos 4,4% esperados, o que também é positivo. O número de pedidos de benefícios de desemprego ficou abaixo das previsões. Como resultado, os comerciantes de alta lançaram, com razão, um novo ataque. O fundamental agora é que os relatórios do mercado de trabalho e de desemprego dos EUA, que serão divulgados dentro da próxima hora, não estraguem o clima.
Nos EUA, o cenário geral de informações permanece tal que, a longo prazo, nada além de uma queda do dólar pode ser esperado. A situação nos Estados Unidos continua bastante complicada. O fechamento do governo durou um mês e meio, e os democratas e republicanos concordaram em financiar apenas até o final de janeiro. Não houveram dados do mercado de trabalho dos EUA por um mês e meio, e os últimos números mal podem ser considerados relevantes. As duas últimas reuniões do FOMC terminaram com decisões dovish; os traders estão confiantes de que o afrouxamento da política monetária continuará, e o sentimento dovish está crescendo até mesmo dentro do próprio FOMC. Na minha opinião, os compradores têm tudo o que precisam para continuar uma nova ofensiva e completar um retorno às máximas anuais.
Uma tendência de baixa exigiria um cenário de informações positivo forte e estável para o dólar americano, o que é difícil de esperar sob Donald Trump. Além disso, o próprio presidente dos EUA não precisa de um dólar forte, já que o saldo comercial permaneceria deficitário nesse caso. Portanto, ainda não acredito em uma tendência de baixa para a libra, apesar da queda bastante forte que durou dois meses. Muitos fatores de risco permanecem pendurados como um peso morto sobre o dólar. A atual tendência de alta pode ser considerada completa, já que os preços caíram abaixo de duas mínimas (de 12 de maio e 1 de agosto), mas o que exatamente os vendedores estão planejando usar para empurrar a libra ainda mais para baixo? Precisamente porque não consigo dar uma resposta convincente a essa pergunta, não acredito que a queda continuará. Se novos padrões de baixa aparecerem, uma possível queda na libra pode ser reconsiderada.
Calendário de notícias para os EUA e o Reino Unido
- Reino Unido – Índice de Preços ao Consumidor (04h00 horário de Brasilia - 08h00 Portugal).
O dia 17 de dezembro contém apenas uma entrada no calendário econômico, mas esta publicação poderá ser decisiva para a reunião de amanhã do Banco da Inglaterra. O impacto das notícias sobre o sentimento do mercado na quarta-feira poderá ser forte, especialmente na primeira metade do dia.
Previsão e conselhos de negociação para o GBP/USD
A situação da libra começa a se tornar mais favorável. Três padrões altistas foram formados, sinais de compra surgiram e os traders ainda podem manter posições compradas. Não identifico, no momento, fundamentos informativos que sustentem o início de uma tendência de baixa no curto prazo, embora esta semana possa haver espaço para movimentos corretivos pontuais — ataques de venda, e não uma reversão de tendência.
A retomada do movimento de alta já poderia ser antecipada a partir da zona de desequilíbrio 1. Desde então, a libra reagiu sucessivamente aos desequilíbrios 1, 10 e 11. Como objetivo para um potencial avanço adicional, considero o nível de 1,3725. Caso surjam padrões baixistas consistentes, a estratégia de negociação poderá ser reavaliada; por ora, porém, não há fundamentos que justifiquem tal ajuste.
